Há alguns dias atrás, passei uma situação que me deixou com uma sensação muito estranha: um aperto no peito muito forte e sentia um vazio – como se estivesse faltando algo dentro de mim, sentindo a necessidade de um abraço longo e apertado.
Isso estava incomodando tanto que não consegui trabalhar naquele dia, precisava dar um jeito naquele sentimento, assim, resolvi explorar com as técnicas da Comunicação Generativa – CoGen.
Fechei os olhos, mergulhei nas sensações e me vi deitado de costas, com um aperto muito forte em todo o peito, explodiu um choro forte e tive uma sensação de ter sido abandonado.
O mais surpreendente é ter voltado a uma sensação que tive quando bebê, que nunca soube ter passado. Ela provavelmente ocorreu por volta dos meus 6 meses de vida, quando comecei a frequentar uma creche.
Essa sensação foi aprendida por mim naquele momento, aos 6 meses de vida, e a minha mente inconsciente entendeu que teria que reagir daquela forma para se proteger em algumas situações – estas são chamadas de situações-gatilho que disparam algum tipo de sentimento específico.
Porém, na prática, ao invés daquela sensação me proteger de algo, ela me fazia sofrer com aquele aperto no peito e o vazio que sentia, ou seja, quando o Vinih adulto se deparava com determinado tipo de situação, tinha as sensações e as reações de um bebê de 6 meses.
Após identificar o momento que a minha mente inconsciente aprendeu aquela sensação, que eu nomeei de sentimento de abandono, foi aplicada a técnica certa para ensinar à mente inconsciente outro sentimento no lugar daquele.
Após a aplicação das técnicas de Comunicação Generativa – CoGen, aquele bebê cresceu emocionalmente, virando adulto. Agora pode enfrentar e reagir àquele tipo de situação-gatilho com a maturidade de um adulto.
A maior parte dos nossos “aprendizados emocionais” ocorre até os 12 anos de idade, quando estamos aprendendo muito sobre o mundo e como reagir a cada situação – elas formam impressões na nossa mente inconsciente.
Acontece que alguns aprendizados acabam mais nos atrapalhando do que ajudando na nossa vida adulta, por isso, às vezes, até choramos como bebês, mesmo sendo adultos.
