Não aguento mais… Vou chutar o balde… Continuo sofrendo ou desisto de tudo?

//Não aguento mais… Vou chutar o balde… Continuo sofrendo ou desisto de tudo?

Não aguento mais… Vou chutar o balde… Continuo sofrendo ou desisto de tudo?

 

Não aguento mais… Vou chutar o balde… Continuo sofrendo ou desisto de tudo?” 😥

Essa conversa interna, em looping, já passou pela sua cabeça?

Eu conheço bem isso. Quem me acompanha sabe que, há quase 15 anos, fiz uma grande transição de carreira e de vida. Eu, literalmente, chutei o balde. Deixei uma trajetória inteira para trás para recomeçar do zero. Só que a jornada foi tão desafiadora que, em vários momentos, o pensamento de voltar para a vida que abandonei soou como um grito desesperado.

Essa armadilha mental, que a psicologia chama de pensamento dicotômico ou polarizado, é uma distorção cognitiva que nos força a ver o mundo em preto e branco. Ou é um sucesso completo, ou é um fracasso total; ou permanecemos no sofrimento, ou explodimos em uma decisão radical. Não tem espaço para o cinza, para as nuances.

E a ciência nos ajuda a entender por que caímos nisso: sob alto estresse ou sofrimento emocional, nosso cérebro ativa mecanismos de sobrevivência. A amígdala cerebral, nosso centro de alarme do “lutar ou fugir”, assume o controle e reduz a atividade do córtex pré-frontal, a área responsável pelo raciocínio complexo e pela tomada de decisões ponderadas. O resultado? Uma espécie de “visão de túnel” neurológica, porque a nossa capacidade de enxergar múltiplas soluções diminui e ficamos presos às opções mais primitivas de luta ou fuga – ou 8 ou o 80.

Hoje, olhando para trás, percebo que não precisava ter ficado tanto tempo no desconforto, nem ter feito uma transição tão drástica. Existia um caminho do meio que a minha visão de túnel não me permitia enxergar.

💡 A grande virada acontece quando aprendemos a desativar esse piloto automático. Atualmente, sempre que me vejo entre dois extremos, eu paro, faço um relaxamento, e me pergunto ativamente: “Qual pode ser o caminho do meio?”

Essa simples pergunta é um convite para reativar nosso cérebro racional, é um exercício de flexibilidade cognitiva – a habilidade de encontrar soluções criativas e adaptativas que não estão nos polos. Não se trata de encontrar um meio-termo medíocre, mas sim uma terceira via, uma solução mais sábia e sustentável.

A vida não precisa ser “tudo ou nada”. Entre a euforia do recomeço radical e o desespero da estagnação, existe um universo de possibilidades.

Se você só está enxergando dois becos sem saída, isso não é uma falha sua, mas talvez um sinal de que sua visão de túnel está ativada. Conversar com alguém, especialmente um profissional, não é apenas um desabafo. É como ter um guia experiente ao seu lado, com uma lanterna, ajudando a iluminar outros caminhos que o estresse te impediu de ver.

Buscar ajuda é o passo mais corajoso para encontrar a luz no fim do túnel e, principalmente, o seu caminho do meio. 🙌💚

Fez sentido para você? Compartilhe com quem precisa dessa mensagem.

By |2025-09-16T20:15:02-03:00setembro 16th, 2025|Atualizações|0 Comments

About the Author:

✔ Psicólogo (CRP 0742591) & Mentor de Desenvolvimento Humano em Empresas ✔ Graduado em Psicologia & Administração de Empresas ✔ Pós-graduado em Neuropsicologia, Neuroliderança, Psicologia (lato sensu) & Mentoria Empresarial ✔ Treinador Comportamental (IFT-SP) 🌱 Especialista em Hipnose Generativa 💚 Psicoterapia Breve