Pensa na última vez que o medo te visitou: o coração acelerou, o estômago gelou, talvez suas mãos tenham suado. Seja diante de uma apresentação importante, de uma conversa difícil ou do precipício de uma grande decisão, a sensação é inconfundível.
Qual é o nosso primeiro instinto? Lutar. Silenciar. Racionalizar. Empurrar essa sensação para o canto mais escuro da mente e seguir em frente como se nada estivesse acontecendo. Fomos ensinados que ser forte é ser “sem medo”.
Mas aqui trago uma reviravolta surpreendente, daquelas que mudam a perspectiva: e se eu te dissesse que a sua vida inteira você lutou contra o aliado errado? 🤔
Imagine o seu medo como um segurança particular extremamente leal. O detalhe é que ele foi contratado há muito, muito tempo, provavelmente quando você ainda era uma criança. Naquela época, ele fez um excelente trabalho te protegendo de dores reais ou imaginárias: o medo de ser ridicularizado na escola o manteve quieto; o medo de se machucar o impediu de subir naquela árvore alta demais.
A intenção dele sempre foi nobre: garantir a sua sobrevivência e bem-estar.
O problema? Ninguém avisou a ele que você cresceu. 😂
Esse segurança, que mora na parte mais profunda da sua mente, continua usando as mesmas táticas exageradas de décadas atrás para te “proteger” de perigos que hoje você, como adulto, teria total capacidade de lidar. Ele não sabe a diferença entre o “perigo” de falar em público e o perigo real de um animal selvagem. Para ele, ameaça é ameaça, e o protocolo é um só: disparar o alarme e te paralisar. 🛡️
É por isso que lutar contra ele não funciona. Quanto mais você briga, mais ele grita, convencido de que o perigo é ainda maior. Você entra em um ciclo de autossabotagem, onde o seu desejo de avançar bate de frente com o desejo primitivo do seu “segurança” de te manter na zona de conforto.
A grande virada de chave 🔑 não é demitir esse segurança, mas sim promover um reenquadramento. É parar de lutar e começar a dialogar. É acolher a sensação, respirar fundo e perguntar com genuína curiosidade:
“Eu sei que você está aqui por um bom motivo. Obrigado por cuidar de mim. Do que, exatamente, você está tentando me proteger agora?”
Essa simples pergunta muda tudo. Ela transforma o confronto em colaboração. Você abre um canal de comunicação com a parte sua que aprendeu a sentir medo, e a partir daí, pode ensiná-la que agora você tem novos recursos, novas habilidades e uma nova maturidade para lidar com a situação. Você começa a fazer as pazes com a emoção, em vez de continuar uma guerra interna desgastante.
Por trás de todo medo, existe um grande desejo querendo se manifestar: o desejo de ser bem-sucedido, de se conectar, de viver plenamente. Seu medo não é uma sentença de paralisia; ele é um mensageiro apontando exatamente para onde o seu maior potencial de crescimento está escondido.
Que tal começar essa conversa hoje? 😉🙏
