
Quero te contar uma história. A história de uma empresa brilhante que quase faliu, não por incompetência ou falta de visão, mas por um trágico excesso de competência.
Era uma empresa próspera, vibrante, cheia de vida. O “CEO” era um visionário. Ele amava o propósito da empresa, definia a visão e tinha a coragem de correr os riscos necessários para inovar.
Até que um dia, a empresa sofreu uma crise terrível. Uma crise inesperada, que abalou seus fundamentos e quase a destruiu.
O “CEO”, abalado e assustado, recuou. E nesse vácuo de poder, o “Gerente de Controle de Qualidade”, apavorado com a possibilidade de um novo colapso, deu um passo à frente.
“Eu assumo”, ele disse. “Isso nunca mais vai acontecer.”
Para proteger a empresa, o “Gerente” tomou o comando. Ele instituiu a “política de risco zero”. Ele triplicou as planilhas, as checagens e as auditorias. Ele passou a operar 24 horas por dia, 7 dias por semana, revisando cada detalhe, cada e-mail, cada decisão.
E funcionou. A empresa sobreviveu. Mas ela parou de viver.
A inovação morreu. A criatividade secou. A coragem foi substituída pela burocracia. O escritório, antes um lugar de energia e colaboração, tornou-se um lugar cinzento, tenso, ansioso e exausto.
O “Gerente”, em seu esforço brilhante para salvar a empresa, havia matado a alma dela.
A Reviravolta: A Empresa é a Sua Mente
Essa empresa… é a sua mente. O “CEO”… é o seu Eu adulto. E o “Gerente”… é a sua ansiedade.
A sua ansiedade não é sua inimiga. Ela é um “Gerente” brilhante, competente e profundamente leal.
A “Crise Terrível”: A Origem da Insubordinação
A “crise” foi a sua “causa raiz”. Foi um evento ou um padrão que você aprendeu lá atrás, na infância, quando seu “CEO Interno” ainda estava em formação.
- Talvez tenha sido um ambiente imprevisível, onde o caos era a regra. E seu “Gerente” assumiu o controle para criar ordem.
- Talvez tenha sido o afeto condicionado, onde o “parabéns” só vinha com a “nota 10”. E seu “Gerente” aprendeu que “erro” significava “perda de amor”.
- Talvez tenha sido a punição severa ao erro, onde falhar era perigoso. E seu “Gerente” instituiu a “política do risco zero” para te proteger da dor.
Qualquer que seja a origem, o “Gerente” (sua ansiedade) assumiu o comando em um ato de “insubordinação leal”, para te proteger. O problema é que ele nunca mais largou o comando.
O Retorno do CEO: De Controle para Confiança
Hoje, você é um adulto. Você tem novos recursos. Você não precisa mais operar sob a “política do risco zero”. Mas o “Gerente” continua lá, exausto, aplicando uma regra antiga a uma vida nova.
A transformação não é demitir o Gerente, nem lutar contra ele (isso só gera mais ansiedade).
A verdadeira transformação é o “CEO” (seu Eu adulto) voltar para a cadeira de comando.
É o “CEO” respirar fundo, relaxar o corpo e, com total acolhimento, olhar para esse “Gerente” assustado e exausto.
É dizer: “Obrigado. Obrigado pelo seu esforço. Eu vejo o quanto você trabalhou para me proteger por todos esses anos. Mas agora, pode soltar. Pode descansar.” “Eu assumo.” 🫶
Quando o “CEO” assume o presente, o “Gerente” para de tentar controlar o futuro.
E a empresa… finalmente… volta a viver.
Se você se reconheceu nessa história—se você se sente preso em uma vida “cinzenta e exausta”, comandada por um “Gerente” leal, mas apavorado—talvez seja a hora de reconduzir o seu “CEO” ao comando.
Este é o trabalho que fazemos na terapia. Convido você para uma Sessão de Clareza Inicial. É o nosso ponto de partida para entender a “crise” original e desenhar o seu plano de transformação.
Informações e agendamento aqui (pelo WhatsApp).
Um grande abraço, Vinicius Michalski 💚