Você já sentiu um cansaço que uma noite de sono não resolve?
Não estou falando de sono físico. Estou falando daquela exaustão na alma, aquela sensação de estar carregando um peso invisível, mesmo quando você está parado, sentado no sofá da sua sala ou dirigindo seu carro com ar-condicionado.
Atendo pessoas brilhantes — empresários, líderes, pais e mães dedicados — que chegam ao meu consultório com a mesma queixa: “Vinih, eu sinto que estou lutando uma batalha todos os dias, e eu estou perdendo.”
E a minha resposta costuma surpreendê-los: “Você está perdendo justamente porque está lutando.”
O Mito do Controle
Desde pequenos, aprendemos uma lição errada sobre as emoções: aprendemos que “ter controle” significa “não sentir”.
Dizem para engolirmos o choro, dizem que o medo é fraqueza, dizem que precisamos “matar um leão por dia”. E assim criamos uma mentalidade de guerra contra nós mesmos. Tratamos a ansiedade, a tristeza ou a insegurança como inimigos invasores que precisam ser expulsos à força.
Mas a mente não funciona na base da expulsão, funciona na base da física.
A Bola de Praia e o Fundo da Piscina
Imagine que a sua ansiedade é uma grande bola de praia vermelha, cheia de ar. O que você tem feito a vida toda? Você tenta esconder essa bola, usa toda a sua força para empurrá-la para o fundo da piscina, para que ninguém veja.
Enquanto você mantém os braços esticados, fazendo força para baixo, a superfície da água parece calma. Quem te vê de fora, pensa: “Nossa, como ele(a) é equilibrado(a).”
Mas, debaixo d’água, seus músculos estão tremendo. Sua energia vital está sendo drenada apenas para manter aquela bola submersa. E você vive com um terror constante: se você se distrair por um segundo, se você relaxar os braços… a bola vai pular com violência na sua cara.
É por isso que você vive exausto(a). Não é a rotina. É o esforço contínuo da repressão.
Quem Luta, Afunda
Na Hipnose Generativa, aprendemos um princípio que muda tudo: a rigidez afunda, o relaxamento flutua.
Imagine a praia. Quando alguém se desespera na água, o instinto é bater os braços, lutar contra o meio, tentar “subir” na água à força. O resultado? A pessoa afunda. Para boiar, você precisa fazer a coisa mais contra-intuitiva do mundo para quem está com medo: você precisa encher o peito de ar e parar de lutar.
A sua cura emocional começa quando você percebe que a ansiedade não é um monstro que te puxa para baixo, ela é apenas a correnteza e, o principal: é a sua luta contra ela que faz você se afogar.
Troque a Guerra pelo Cultivo
A proposta que eu trago hoje é radical, mas é a que funciona a longo prazo: Solte a bola.
Deixe ela subir. Permita que a ansiedade flutue ao seu lado. Eu sei o que você está pensando: “Mas Vinih, se eu soltar, eu vou ser engolido pelo sentimento!” Não vai. E aqui está a nuance que ninguém te conta:
Quando você para de gastar energia tentando reprimir a bola debaixo d’água, a física muda. E quando você para de lutar contra o que sente, a química do seu corpo também muda.
Olhe para o paralelo literal:
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Na Metáfora: A bola, quando solta, para de fazer pressão contra os seus braços. Ela boia, inofensiva.
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Na Realidade: Aquela taquicardia que parecia um infarto, quando aceita, vira apenas um coração batendo forte — talvez de entusiasmo, talvez de vida. Aquele “frio na barriga” que parecia terror, quando acolhido, vira atenção e foco.
A ansiedade nada mais é do que energia sem direção. Enquanto você luta contra ela (empurrando a bola), essa energia vira tensão muscular, dor e pânico. Quando você solta (aceita e respira), essa mesma energia volta a circular e vira combustível.
Na Hipnose Generativa, chamamos isso de transformar o “Veneno” em “Remédio”. Você descobre que não precisava se livrar da energia. Você só precisava parar de bloqueá-la. Deixe a bola flutuar. Deixe a energia correr. Você vai perceber que é muito mais fácil usar essa eletricidade a seu favor do que gastar a vida tentando desligá-la.
Um Convite à Leveza
Se você está cansado de guerrear contra a sua própria mente, talvez seja a hora de depor as armas. A paz não é um troféu que se ganha no final da guerra. A paz é o que sobra quando você decide parar de lutar.
Respire fundo. Solte os ombros. Deixe a bola flutuar. Você vai descobrir que é muito mais fácil nadar a favor da correnteza do que contra ela.
Você não precisa fazer isso sozinho(a)
Entender que você precisa “soltar a bola” é o primeiro passo, mas eu sei que, na prática, o medo de perder o controle pode ser paralisante.
É difícil soltar quando passamos a vida inteira aprendendo a segurar.
Na terapia com Hipnose Generativa, eu crio o espaço seguro para que você possa fazer essa transição sem desespero. Meu papel não é apenas te ouvir, é te guiar através dos processos inconscientes que mantêm essa tensão ativa.
Se você cansou de lutar essa guerra sozinho(a) e quer minha ajuda pessoal para reencontrar a sua paz:
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