Como Dialogar com o Medo em vez de Lutar com Ele

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Como Dialogar com o Medo em vez de Lutar com Ele

O medo chega. O peito aperta. O estômago gela. A respiração fica curta.

Qual é a primeira coisa que sua mente inteligente, lógica e de alta performance tenta fazer? Ela tenta racionalizar.

Ela diz: “Isso é bobagem.” “Não tem por que sentir isso.” “Seja forte.” “Foco, vamos pensar em outra coisa.”

Você tenta usar o seu intelecto brilhante para pensar e forçar a sua saída do sentimento.

E aqui está a reviravolta de um milhão de dólares: Você não pode resolver um problema de sentimento com uma ferramenta de pensamento.

Tentar racionalizar um medo profundo é como tentar apertar um parafuso usando um martelo. Você não só não resolve o problema, como corre o risco de quebrar tudo. A sua luta, a sua tentativa de “silenciar” o sentimento, é exatamente o que amplifica o sinal. É o que transforma o medo (um sinal) em ansiedade crônica (o ruído da sua guerra interna).

Você está em guerra com o mensageiro.

A Hipnose Generativa e toda a minha abordagem terapêutica se baseiam no oposto radical: não lutar, mas acolher. Não silenciar, mas escutar.

O medo não é um ruído para ser abafado. É um sinal para ser decodificado.

Este não é um “truque”. É um ritual de diplomacia interna. É a técnica que compartilhamos no vídeo que gerou tanta conexão — aqui, em sua forma mais profunda.

A Virada de Chave 🔑: O Método de 3 Passos para Acolher (Não Lutar)

Da próxima vez que o medo surgir, pare a guerra. Respire. E inicie este processo:

Passo 1: Pare de Racionalizar e Comece a Localizar (O Aterramento) Pare de perguntar “Por quê?”. Em vez disso, pergunte “Onde?”. Onde, exatamente no seu corpo, essa sensação vive? 100% das emoções têm um correspondente físico. É um aperto no peito? Um nó na garganta? Um formigamento nas mãos?

Apenas localize. Dê as boas-vindas a ele: “Ah, olá, ‘Nó na Garganta’. Eu te sinto.” Você acabou de tirar o medo do campo da “catástrofe mental abstrata” e o trouxe para o campo da “sensação física concreta”.

Passo 2: Respire Nele (O Acolhimento Radical) Agora, o passo mais contraintuitivo de todos. Não tente expulsá-lo. Não tente relaxá-lo. Apenas… permita que ele exista.

Respire fundo e, ao expirar, imagine que você está enviando sua respiração para esse lugar, criando espaço ao redor dele. Eu sei que é desconfortável. Mas o que você está fazendo aqui é profundo: você está parando de gritar com a criança assustada e, pela primeira vez, está se ajoelhando e segurando a mão dela. Você está dizendo: “Eu sinto você. Você tem permissão para estar aqui.” 🫶

Passo 3: Faça a Pergunta Curiosa (A Investigação) Somente agora, a partir desse estado de acolhimento (nunca de luta), você pode fazer a pergunta-chave. Com curiosidade genuína, pergunte à sensação:

“O que você quer de bom para mim?”

Ou: “Para me proteger de qual dor antiga você está aqui?”.

A resposta pode não vir em palavras. Pode vir como uma imagem, uma memória ou, o mais comum, como uma súbita dissolução da tensão. O “guarda” que estava gritando em pânico percebe que foi ouvido pelo “CEO” e, finalmente, pode baixar a arma.

O medo não “some”. Ele se transforma. A energia que estava paralisada na luta (ansiedade) agora é liberada e se torna clareza, presença, foco.

A verdadeira coragem não é viver sem medo. É ter a maestria de acolhê-lo, ouvi-lo e transformá-lo em seu conselheiro mais sábio.

Pare a guerra. Inicie o diálogo. 🙏💚

 

By |2025-10-18T20:54:34-03:00outubro 16th, 2025|Atualizações|0 Comments

About the Author:

✔ Psicólogo (CRP 0742591) & Mentor de Desenvolvimento Humano em Empresas ✔ Graduado em Psicologia & Administração de Empresas ✔ Pós-graduado em Neuropsicologia, Neuroliderança, Psicologia (lato sensu) & Mentoria Empresarial ✔ Treinador Comportamental (IFT-SP) 🌱 Especialista em Hipnose Generativa 💚 Psicoterapia Breve